quarta-feira, 6 de julho de 2011

Vamos deixar que os lobos falem

Antes, o medo. Aquele que assusta, que trapaceia, que está lá para mostrar o que não deve ser feito. O mau exemplo do personagem que engana uma criança – ou tenta – ou que vai à caça de carne suína. É o lobo de “Chapeuzinho Vermelho”, conto de fadas escrito por Charles Perrout, e é o lobo de “Os três porquinhos”, escrito por Joseph Jacobs. O lobo presente nos contos de fadas mais clássicos, o malvado.
            Agora – nesse mundo contemporâneo e pós-moderno – ele, o lobo, não vem para representar nada. Vem para se apresentar. Ou para apresentar a sua versão das histórias em que ele aparece. É o lobo de “A verdadeira história de Chapeuzinho Vermelho”, escrito por Agnese Baruzzi e Sandro Natalini, e é o lobo de outra verdadeira história, “A verdadeira história dos três porquinhos”, escrito por Jon Scieszka, com ilustrações de Lane Smith.