domingo, 24 de abril de 2011

metapoema


ontem sonhei outra vez com o decote seu uma parte isolada de ti separada mesmo assim ele se apresenta a mim tenho-o como um objeto inalcançável talvez intocável algo que se alcança com o olhar ou com uma ideia deste olhar mas não com o toque nunca com o toque

[como aquele poema mais marcante daquele livro de poesias em que você rasga a folha guarda-a consigo mas somente o alcança – o poema – através da leitura que dele faz até que ele se torne parte corpórea sua e então você não precise mais nem lembrar de onde você o roubou]


ítalo puccini